Dia desses, mudei-me de mim Fiz morada em lugares que nunca pertenci Tentei abrigo em cômodos que nunca me couberam Na medida do que não me cabia, tentei alvenaria em casa de taipa urgi, na travessia morna de um olhar caido, alguns esteios de madeira fina Não soube muito bem onde estava. Se estive, deixei-me um tanto. Nesses cantos cheios de poeira, fiz meu nome e desci. Se algum dia perguntarem se sou alguma coisa, Talvez eu responda que gosto de não ser e que prefiro estar.