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Mostrando postagens de janeiro, 2024

Você

vez ou outra eu me pego resumindo imensidões. tem dias que eu até penso que sei alguma coisa sobre a vida, ai você me aparece e me dou conta de que não sei nada. eu não sei porque eu só não consigo te deixar de lado como sempre fiz com todo mundo. talvez seja por alguma coisa que ainda não descobri. eu nem queria mais escrever sobre isso, mas acaba que pensar nisso tudo me deixa inquieto. parece filme do tarantino sem sangue ou filme francês sem algum caso de traição. parece que você existe há milênios na minha vida, mas eu não entendo muita coisa. eu, sinceramente, queria dizer que não escrevo sobre você vez outra, mas, sim, vez ou outra tem alguma coisa sua por aqui. vez ou outra eu me torno o saudosista que sempre disse que você era. tem músicas do Marcello Gugu que nunca vou deixar de ouvir e pensar em você. todas as palavras inventadas me lembram você. enfim, não espero que me responda. mas, sinceramente, acredito que essa vai ser a última mensagem que vou te mandar. eu te amo voc

Saudade

saudade é quando tem palavra inventada pelo caminho.

Despejo

me ligando, do nada, uma hora dessas? aconteceu algo? só saudades. saudades?! não entendi. a última vez em que nos vimos você só me tratou com desdém, destilando toda sua indiferença. preciso entender outra coisa além disso? não é bem assim. seria como, então? o que eu deveria entender disso tudo? sabe, por muito tempo eu pensei que merecia ser tratado assim, do jeito que dava e da forma que você bem entendesse. mas, agora, eu só me dou conta do quão instável era tudo isso; de quanta energia eu gastava só pra ficar bem no meio de tanta confusão. acho que não precisamos mais de contato, não acha? não precisa me ligar mais. não é direito seu decidir se fico ou não na sua vida. é meu. exclusivamente meu. até mais...

Distâncias

o asfalto morno cobriu minhas certezas com o pó dos teus pés descalços.

Magonese

[às 08:00 AM] tô tentando escrever algo tem um tempão já. fiquei sem saber o que falar. essa coisa de pensar em tudo, demais, é um trem complicado. será que a gente vai se acostumando? digo, se acostumando com o caos do dia a dia, sabe. nem sei se é caos ou medo. às vezes, eu penso se o que nos limita é medo ou certeza. eu acho que é medo. oh, medo de olhar as coisas de frente; medo de falar o que sente; medo de dizer não... a gente tem medo de coisas que nunca paramos pra nos perguntar o motivo de elas existirem na gente. a gente vai deixando o "ter medo" ser a nossa maior certeza. acho que deveríamos ter certezas sobre os nossos medos, e, não o contrário. por hoje, essa será a coisa mais longa que escreverei. se ver sentido nisso, ótimo. do contrário, me chama pra tomar um chopp. o assunto sempre vem quando você está por perto.

Suspiro

suspirei os teus olhares dobrando a esquina. se bem que, como dia um rapper, nem sofro ao te ver de costas indo embora. mas, assumo que tua ida me comove. detesto não saber quanto tempo levará o nosso reencontro. da última vez, ele nem existiu. outra de você assume o posto em cada retorno. melhor, em cada descoberta. isso pode ser coisa minha. pode ser alguma forma que tenho de refazer a primeira vez em que nos vimos. mas, acho que não. acho que estar continua indefeso, falso hábito de dizer que sim ou que não. continuo desvendo teus olhos só pra te ver outra vez.

Pescoço

fica no meu pescoço. marca teu cheiro em mim. cicatriza os teus toques em cada sentido meu. não preciso de assinatura. não preciso de semeaduras. a sina de ser um cheiro teu já me abastece. iludir o tempo entre memórias já me satisfaz. sou a eterna temperatura dos teus arrepios em mim. sou o âmbar desse teu sorriso escancarado. quem sabe você decide, língua úmida, esculpir todas as tuas súmulas em mim. quem sabe, suor e carne, façamos de Campilho a nossa maior advogada. caso queira, o Lusovini que não tomamos ainda está aqui.

Cigana

Não lembro da última vez em que nos vimos. Não lembro se você vestia alguma coisa ou se nos amontoávamos por debaixo dos meus lencóis. Não lembro daquele teu riso ensimesmado. Será que não lembrar disso tudo faz parte dessa coisa de precisarmos lidar com a distância que existe entre nós? Será que isso tudo é uma válvula de escape pra gente? Não sei. Não sei se um dia aprendo a perder pessoas. Nunca quis perder ninguém. Não precisamos um do outro e, sim, era isso que nos mantinha próximos.