Demiurgo

Se eu for comprar pão, num domingo a tarde, você volta comigo?
Se eu decidir ir ao cinema ver algo do Woody Allen, você me espera com a pipoca?
Se eu rabiscar teu nome em algum banco de praça, jura que vê e que sorri algo bobo com os lábios?

Se eu sair do bar com alguns litros de cerveja na conta, você escuta os poemas que fiz depois das cinco? É que eu lembrei de ti.
Se eu tomar um banho de cheiro, você me enche de alguns? Adoraria sentir teu fungado ao pé do ouvido.

Se for, me diz. Não vou te esperar. Vou com você.

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