Pomodoro

não vai. me acomoda no teu peito. faz, dentro de mim, a espiral desse nosso medo. acode o meu assomo, como imploro pelo teu desejo. não vai. deixa, na minha casa, uma roupa tua, um cheiro teu, uma lembrança. não vai. me aceita como nosso. me retorce feito roupa. me desmonta feito uva. não vai. e se for, antes de dobrar a esquina, acena. só pra eu saber que é verdade.

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